quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A cartografia nos tempos de hoje

Do século em diante, com o desenvolvimento das técnicas cartográficas, o aperfeiçoamento da fotografia, da aviação e da informática, a cartografia dá um salto. Atualmente são confeccionados utilizando-se softwares próprios (Sistemas de Informação Geográfica) (SIGs, CAD ou softwares especializados em ilustração para mapas), descartando a necessidade de impressão e tornando-os interativos.
Os dados assim obtidos ou processados são mantidos em base de dados. A tendência atual neste campo é um afastamento dos métodos analógiocos de produção e um progressivo uso de mapas interativo de formato digital.O departamento de cartografia da Organização das Nações Unidas é o responsável pela manutenção do mapa mundial oficial em escala 1/1.000.000 e todos os países enviam seus dados mais recentes para este departamento.



GPS

Além de sua aplicação óbvia na aviação geral e comercial e na navegação marítima, qualquer pessoa que queira saber a sua posição, encontrar o seu caminho para determinado local (ou de volta ao ponto de partida), conhecer a velocidade e direcção do seu deslocamento pode-se beneficiar com o sistema. Atualmente o sistema está sendo muito difundido em automóveis com sistema de navegação de mapas, que possibilita uma visão geral da área que você está percorrendo.
Guardas florestais, trabalhos de prospecção e exploração de recursos naturais, geólogos, arqueólogos, bombeiros, são enormemente beneficiados pela tecnologia do sistema. O GPS tem-se tornado cada vez mais popular entre ciclistas, balonistas, pescadores, ecoturistas, geocachers, vôo livre ou por leigos que queiram apenas orientação durante as suas viagens.

A era dos descobrimentos

Com a descoberta do continente americano a cartografia toma mais um fôlego e iniciam os trabalhos para mapear o novo continente. Juan De La Cosa faz então, o primeiro mapa-múndi a conter o novo mundo em 1500. Foi nessa época (Séc. XVI), após o descobrimento da América, que o holandês Gerard Mercator, utilizando-se de todo o conhecimento produzido até a época para produzir o mapa-múndi que levaria seu nome e que representava grandes rotas em linhas retas.

Mas foi só a partir do século XVII que os países começam a se preocupar mais com o rigor científico dos mapas. É realizado então, o primeiro levantamento topográfico oficial na França, em 1744, chefiado por César – François Cassini (1744 – 1784) que seriam os precursores dos mapas modernos.

Portugueses e espanhóis dessa época chegaram a um conhecimento bastante amplo do mundo e representaram este novo horizonte geográfico, através dos mapas. Excluindo a Antártida, a visão da distribuição das terras e das águas tornou-se muito próxima da que temos na atualidade.

A cartografia na Idade Média e Idade Moderna


Ao fim do período clássico, a cartografia passou por um período de pouco desenvolvimento durante o início da Idade Média quando a Igreja teve forte influência sobre a confecção dos mapas onde todas as conquistas científicas realizadas anteriormente, foram substituídas por uma representação simbólica e caráter religioso.
Ao final de período, todo o conhecimento em torno da cartografia que estava esquecido no ocidente, mas que vinha sendo preservado pelos árabes, voltou à tona atingindo seu apogeu na época das Grandes Navegações quando se inicia a Idade Moderna. Foi muito importante nessa época a "Escola de Sagres", em Portugal, onde eram treinados os pilotos e cosmógrafos. Os árabes foram os principais responsáveis por qualquer desenvolvimento na área e foram, inclusive, responsáveis por trazer a bússola para o ocidente propiciando os mecanismos para o desenvolvimento de mais um tipo de carta pelos portugueses, as Cartas Portulanas (os navegantes costumavam carregar consigo anotações, aonde eram registrados os rumos (direções) e as distâncias entre os portos visitados. Também eram feitos desenhos, cujo objetivo provável era facilitar as navegações, sem preocupação com sistemas de projeções), utilizadas para navegação.

Avanços na cartografia ( A Cartografia Clássica)

A primeira tentativa de representar o mundo foi babilônica, mas sua concepção de mundo era limitada à região entre os rios Eufrates e Tigre, o que não diminui a importância do feito. Entretanto, os gregos se destacam porque foram os primeiros a usar uma base científica e a observação. Já no século VI a.C., sua expedições militares e de navegação, impulsionaram os trabalhos de cosmógrafos, astrônomos e matemáticos, os primeiros a buscar métodos científicos capazes de representar a superfície terrestre. O trabalho mais importante da cartografia na época clássica foi, sem dúvida, a obra em oito volumes escrita por Claudius Ptolomeu. Sua obra, “Geographia”, contém as coordenadas de 8.000 lugares, a maioria calculada por ele próprio e, no último volume, ele dá dicas para a elaboração de mapas-múndi e discute alguns pontos fundamentais da cartografia. Foi Ptolomeu também quem primeiro defendeu a teoria Geocêntrica ao afirmar que a terra era um corpo fixo em torno do qual giravam os outros planetas.

O começo da Cartografia

A cartografia é a ciência que trata da representação da terra ou parte dela através de mapas, cartas e outros tipos de projeções cartográficas.
Estudos dizem que a cartografia surgiu por volta do ano de 2.500 a.C. quando os Sumérios confeccionaram uma placa de barro cozido com inscrições em caracteres cuneiformes (escrita suméria), que é considerado o primeiro mapa da historia, onde foi representado o lado setentrional da região mesopotâmica.
Mas bem antes disso, o homem já havia se utilizado de pinturas (inclusive pinturas rupestres feitas com a intenção de representar o caminho dos locais onde havia caça) e até mesmo de entalhes e verdadeiras maquetes de pedra confeccionadas por esquimós e pelos astecas, respectivamente, como uma tentativa de representar pequenas localidades.
A “Pedra de Saihuite”, por exemplo, representa, junto com os entalhes esquimós, um dos primeiros trabalhos realizado com a técnica do que é chamado de “cartografia em relevo” e foi feita para representar um bairro de uma cidade asteca.
De fato, os astecas eram hábeis na confecção de representações geográficas, como o “Mapa de Tecciztlán” que contêm dados como a fauna da região retratada, e o “Códice Tepetlaoztoc”, todo colorido e que traz rotas terrestres e fluviais.